terça-feira, 11 de maio de 2010

Aos primeiros passos




Eu havia aqui, bem antes, bem quando chego ao meu canto, um longo texto, facilmente biográfico, facilmente "diarístico". Só que havia esquecido sempre de manter em segredo tudo aquilo que se pensa ou faz. Essa é a terra da informação e uma vez que ela corra para dentro dela, sair dessa terra também o é muito fácil. Por isso, hei de dizer sim dos meus primeiros passos, mas farei de outra forma.

Dos primeiros passos seguiram-se uma afronta: um desejo de passar, de queimar etapas, para que a mim tudo viesse mais rápido. E vindo, sem a adaptação necessária que é feita pela graduação do mais fácil ao mais difícil, tendia eu ir ao chão, tombar. O primeiros passos são também as primeiras quedas. Por vezes, tantas quedas, seriam também as vezes em que o desejo de retornar aos degraus anteriores se fazia presente.

Falo sobre isso, pois, agora, sigo uma aventura, uma doce aventura. Tomado por uma febre enlouquecida, doença infecto contagiosa, ou algum bacilo, desejo seguir em frente, para além das fronteiras que se ergue como sendo a minha casa falada, para encontrar novos e bons ares. Isso dito assim pode parecer categórico, mas não se engane, é categórico. Não desvio de um caminho uma vez traçado, talvez seja a manha e a pirraça característica minha de um menino mimado, ou apenas uma determinação de fogo. Seja lá qual for, não volto e isso significa que novamente, como no meu passado e na minha história, que agora irei andar, sem nunca ter sabido como engatinhar, sem me sentir preparado para isso. Que venha os tombos, precavino-me com analgésicos.

P.S.: A imagem é referente a uma carta de Tarot, muito melhor do que qualquer imagem de pés andando, ou qualquer coisa do gênero. É isso que eu devo fazer e ponto.

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